O PÁTIO DO TABERNÁCULO

Êx 27.9-11, 16; 27.1; 30.18

O Tabernáculo, também chamado de Casa de Deus (1 Cr 9.13; 22.1), Tenda da Congregação (Êx 27.21) e Tabernáculo do Testemunho (Nm 1.50), foi local temporário para habitação de Deus entre os filhos de Israel, um tipo de construção levantada ao fundo de um pátio também chamado de átrio, separado do acampamento por um conjunto de cortinas feitas de linho branco torcido ou trançado.

1. MATERIAIS E OBJETOS DO PÁTIO – (Êx 27.9-19)

 

Os diversos materiais empregados na construção foram trazidos do Egito e doados pelo povo numa grande oferta alçada por Jeová em pleno deserto (Êx 25.1-7)
1.2. Os contrutores
Fo necessário o emprego de mão de obra especializada de tecelões, moldadores, ferreiros, joalheiros, bordadores, carpinteiros, lenhadores, desenhistas, entalhadores e outros.

2. A CORTINA DE LINHO FINO – (Êx 38.9-20)

Entre o pátio e o acampamento havia uma barreira feita por cortinas de linho retorcido sustentadas por uma fundação feita com 60 colunas de madeira cingidas de prata. Sendo 20 em cada comprimento e 10 em cada largura, espaçadas igualmente e encaixadas nas bases de cobre que eram ficadas no chão ou na areia.
No topo de cada pilar existia um acabamento ou cobertura feito de madeira e revestido de prata, chamado de capitel. Existiam colchetes ou ganchos de prata nas colunas para fixarem as cortinas.
2.1. Separação do profano
Tratava-se de uma espécie de barreira para impedir a aproximação ilegal ao edifício sagrado, preservando assim a sua santidade e separação do mundo (Êx 8.23; Is 59.2; Ez 42.20).
2.2. Oportunidades para todos
Enquanto o lugar Santo era um local só para os sacerdotes e todos estavam excluídos do Lugar Santíssimo, exceto o Sumo Sacerdote, o acesso ao pátio era irrestrito.
2.3. Símbolo da justiça divina
A cerca de linho fino branco era uma exposição maravilhosa da Justiça divina (Is 45.8; Ap 19.8).
2.4. Símbolo da palavra de Deus
A palavra revela como o pecado foi julgado e colocado sob os pés de Cristo representados pelas bases de cobre (Ap 1.15) que sustentavam as colunas (Êx 27.10,17).
2.5. Símbolo de resgate
As colunas eram cingidas de prata, tendo no seu topo os capitéis e no entorno um filete ou tira de prata. A prata na bíblia representa resgate.

3. A PORTA DE ENTRADA

Bem à frente e voltada para o lado do sol nascente estava a única entrada para o pátio do Tabernáculo, feita com uma cortina especial tecida de linho branco entrelaçado com fios de pano azul, púrpura e escarlata.
3.1. Era uma porta única
A porta era a entrada para o caminho do perdão e da vida. Essa porta é tipo de Cristo, o único que satisfez as reivindicações da lei (Jô 14.6).
3.2. Era uma porta acessível
Essa porta não tinha trancas nem cadeados. Era geita de um tecido grosso e forte, porém fácil de abrir.
3.3. Era uma porta atraente
Sua mistura maravilhosa de cores, em contraposição ao branco a sua volta atraía o expectador. Da mesma forma os atributo da glória de Cristo se destacam como um amoroso alívio das exigências santas de alei de Deus, representado no simbolismo das cores.
3.4. Era uma porta bem fundada
Quatro colunas suportavam as cortinas que manifestavam sua beleza completa. Essas colunas representam a palavra de Deus, retendo as demandas de Deus por (linho branco). Assim sendo, os quatro pilares podem ser designados como uma representação dos quatro evangelhos.

4. O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS – (Êx 27.1-8; 38:1-7; 20.24-26)

Iniciamos agora o estudo das mobílias do Tabernáculo, tendo cada peça um significado que declaram planos e propósitos de Deus.
4.1. Dimensões e materiais
O altar media cinco côvados de comprimento (2,25m), cinco côvados de largura (2,25m), e três côvados de altura (1,35m). Tinha quatro chifres um em cada extremidade superior, unidos por uma única peça.
4.2. Significado do altar
A palavra hebraica aqui utilizada é MIZBECACH, que significa “lugar de abate”. É por isso que, o altar tem papel tão importante e se destaca em uma posição tão proeminente.
4.3. Propósito do altar
Os sacrifícios e ofertas eram consumidos sobre o altar, encontrando e satisfazendo as reivindicações irrevogáveis, e o pecado deve ser punido, na própria pessoa ou num substituto (Ez 18.20).
4.4. A vítima atada aos chifres
Os sacrifícios eram fixados aos chifres do altar do holocausto e imobilizados.
Nosso Sacrifício, o Cordeiro de Deus, estava atado, fixado, imobilizado na cruz pelas cordas do amor, porque se ele quisesse se livraria dali facilmente (Rm 12.1b).
4.5. A posição do altar
Ao entrar no pátio, como já vimos, nossa atenção é atraída naturalmente para o altar – bem à frente da porta, fácil, acessível, inevitável e inconfundível, levantado na porta do arrependimento para ser encontrado por todo o requerente verdadeiramente penitente.

5. A PIA DE COBRE – (Êx 30.17-21; 38.8;40.7)

Logo depois do altar de holocaustos e antes da entrada do Tabernáculo estava a pia de cobre, local onde os sacerdotes lavavam seus pés e suas mãos.
5.1. O material da pia
A PI foi manufaturada a partir das ofertas voluntárias dos espelhos das mulheres de Israel (Êx 38.8), e isso certamente indica um sacrifício da parte delas se desfazendo de um objeto de tamanha importância para o cuidado de sua aparência.
5.2. Tipo da palavra de Deus
A pia é um tipo da palavra de Deus, porque o espelho de que era feita tem a capacidade de revelar o homem a si mesmo, assim que “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20b).
5.3. Tipo de santificação
A pia era utilizada para a limpeza que se fazia necessária. Sua posição é importante, depois do altar. O altar era acessível a todos, mas a pia apenas para os sacerdotes.
5.4. Uma obrigação para o sacerdote
Não se tratava de uma opção. Mas era obrigação de todo sacerdote lavar-se com água na pia, toda vez que fosse ministrar no Tabernáculo.

CONCLUSÃO
Atraídos por Cristo e Sua Palavra (Cortinas), entrando pela única porta disponível que é Cristo (porta do pátio), somos aceitos através do Sacrifício do Calvário (altar de holocausto) e limpos pela santificação na Palavra (a pia).


Pb Jair Cardoso
Prodígios