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O LUGAR SANTO



Êxodo 25.23, 24, 30, 31; 30.1, 3, 6.
Introdução:
Examinaremos nesta lição a mobília do Lugar Santo, que era composta de três peças: O castiçal de Ouro, a Mesa dos pães da proposição, e o Altar de Incenso.

1. O CASTIÇAL DE OURO – (Êx 25.31-40; 37.17-24; Jr 52.19; Dn 5.2-5; Ap 12.20)
O castiçal, ao lado direito de quem entrava, era a peça mais bonita e que chamava atenção. Foi construído de um bloco sólido de ouro batido. Era composto de um é (pedestal ou haste principal), de cujo lado emergia seis hastes ou braços no formato de cana, três à direita e três à esquerda, e um braço (haste ou cana central), ligado no topo do pé. Sete pavios imersos em azeite formavam as sete lâmpadas que iluminavam o recinto.
1.1. O ouro batido, símbolo de sofrimento
O processo de bater no ouro foi o mesmo que resultou na formação da Igreja através dos sofrimentos e do sacrifício de Cristo. O Cordeiro foi esmagado com aquele bloco de ouro no qual o próprio Deus trabalhou: “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” (Is 53.10a).
1.2. O pé com a cana central do castiçal – tipo de Cristo
O pé central tinha uma cana em sua continuidade que se levantava com proeminência sobre as outras seis.
A cana central com sua lâmpada era mais ornamentada que as demais, pois tinha quatro copos, quatro maçãs e quatro flores, enquanto que cada um das seis canas laterais tinha três copos, uma maçã e uma flor.
1.3. As canas (ou braços) representam os crentes
Seis canas saíam dos lados e não da frente, porque o crente tem que se levantar ao lado para dar proeminência e glória ao eterno Cristo.
1.4. Os ornamentos das canas
O padrão dos ornamentos das canas diferia em detalhes, mas não em principio, porque em todas existem copos, maçãs e flores.
1.4.1. Os copos (ou taças)
Uma luz melhor vem do fato de se indicar que eram copos com o formato de amêndoa (Êx 25.33), ou flor de amêndoas (NIV). Em botânica sabe-se que as flores têm um órgão copular chamado de sépala, que é uma cavidade em formato de um copo ou cálice, coberta exteriormente pela folha.
1.4.2. As maçãs (botões ou romãs)
Numa peça com tanta representatividade, preferimos a tradução de “botão” ou “romãs”, pelo fato dessa fruta também estar desenhada na bainha das vestes do sumo sacerdote, com símbolo de paz, o que veremos mais à frente, o adorno do Templo de Salomão e no lindo jardim de amor, nos cânticos de Salomão (Êx 28.34; 1 Rs 6.18; Ct 4.3).
1.4.3. As flores
Estas são aceitas como sendo lírios (Mt 6.28, 29).
1.5. As lâmpadas
Sem lâmpadas o resto do castiçal poderia ser apenas mera ornamentação. O principal propósito da igreja é irradiar luz.
O Castiçal ficava do lado oposto à Mesa dos Pães da Proposição (Êx 26.35). Através da luz do Espirito manifestada na Igreja, vem o conhecimento e provisão nos alimentarmos com companheirismo na presença Dele. O castiçal enviava seu raio de luz para o altar de incenso, e assim iluminava o lugar da intercessão.
1.6. As espevitadeiras e os apagadores
As espevitadeiras eram instrumentos com pinças que serviam para apagar, puxa e ajustar os pavios das sete lâmpadas quando a luz começava a ficar fraca.
Os apagadores eram receptáculos onde se colocavam os pavios queimados, com alguma água, para apagá-los definitivamente.
2. A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO – (Êx 25.23-30; 31.8; 37.10-16; Lv 24.5-9; Hb 9.2)
Do lado oposto ao castiçal de ouro, à esquerda da entrada, estava essa mesa especial. “Pães da divina presença”. Sobre a mesa estavam dispostos 12 pães feitos da mais pura farinha fina, sem fermento, colocados na presença de Deus e representando as 12 tribos de Israel.
2.1. Dimensões e materiais
Tinha dois côvados de comprimento (90cm), 1 côvado de largura (45cm) e um côvado e meio de altura (70cm), sendo construída com madeira de cetim e revestida de ouro. Tinha uma moldura ou como uma coroa em redor, largura de um palmo, e que se estendia aos quatro lados. Duas argolas de ouro de cada lado serviam para fixar as duas barras de madeira revestidas de ouro, para o seu transporte no deserto.
2.2. Madeira revestida de ouro
A madeira fala da humanidade de Cristo e sua permanência passageira entre os homens, enquanto que o ouro fala da sua divindade e sua ressurreição e glória.
2.3. Os pães da proposição
O elemento mais importante sobre a mesa eram os doze pães dos quais os sacerdotes se alimentavam conforme Levíticos 24.5-10.
A farinha da cevada ou do trigo tinha de ser moída, peneirada, testada e aprovada como “farinha fina”, antes que pudesse ser utilizada. Cristo não somente atravessou o moinho do sofrimento, mas foi provado com “fino” e perfeito em caráter (Lc 27.4).
3. O ALTAR DE INCENSO – (Êx 30.1-10; 25-29; 34-38)



O altar de incenso ficava diante da entrada do Tabernáculo, mais para o fundo que os outros dois componentes, e antes do véu. Novamente foi utilizado na sua construção madeira de cetim revestida de ouro, revelando assim o ministério de Cristo fazendo intercessão no céu para a sua igreja na terra. O incenso era queimado pelas brasas que os sacerdotes retiravam do Atar de Sacrifício.
3.1. Os componentes do Altar
Havia uma COROA DE OURO que impedia que o fogo caísse no chão. Quando o incenso era trazido pelo sacerdote, o fogo fazia a fumaça subir para Deus. Fogo é símbolo do Espírito Santo, que leva ao pai as nossas petições (Rm 8.26).
ARGOLAS E VARAES adaptavam o Altar para suas jornadas no deserto, cm fizeram com a Mesa dos Pães da proposição. Cristo estava e continuará sempre no meio do seu povo para ouvir o seu clamor. Intercessão nunca estará limitada ao tempo nem ao lugar.
3.2. O propósito do Altar
Era o de mostrar a maior obra de Cristo já realizada. Tendo terminado a redenção do mundo, Ele subiu para tornar-se o grande Mediador ( 1 Tm 2.5) entre Deus e o homem, e o grande Intercessor (Hb 7.25), que ouve o nosso clamor e defende as nossas causas.
Há alguns relacionamentos entre as peças do Lugar Santo. O sacerdote colocava incenso no Altar de Ouro na hora de aparar os pavios das lâmpadas, pela manhã e à noite. A oração e o testemunho são ministérios que andam juntos (Is 6.5-9; At 1.8).
3.3. O Incenso – (Êx 30.34-38)
O valor do Altar estava no incenso que, queimado, produzia uma fumaça que subia e era aceita por Deus (Êx 30.1-10).
O Incenso era uma combinação misteriosa e cuidadosamente preparada em proporções iguais de especiarias aromáticas: Estoraque, ônica e gálbano misturadas com olíbano, um tipo de incenso extraído de plantas, sendo expressamente proibido produzir uma substância semelhante àquela para qualquer finalidade.
CONCLUSÃO
Concluindo o estudo tipológico das peças do Lugar Santo, vimos que todas elas apontam para Cristo e sua Igreja.


Fonte de pesquisa:Revista da EBD - Tipos e Figuras da Bíblia

Pb Jair Cardoso
Prodígios

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