2 Tm 3.1-5
INTRODUÇÃO
O texto bíblico da lição desta semana (2 Tm 3.1-5) trata do modo de preceder de pessoas da igreja que, sob o aparente compromisso com a fé (v.5), fazem dela instrumento para acobertar seus pecados, usos e práticas reprováveis diante de Deus, na sua conduta pessoal, no seu testemunho, no procedimento doméstico, no trato com o próximo e na sua religião simulada, como se fosse a verdadeira (Tg 1.21-27). Os tais negam a eficácia da piedade, isto é, da santidade de vida. Tudo isto, por si só, demonstra os perigos e a gravidade da época presente. O fato predito no v.5 só pode ocorrer dentro da Igreja.
Pela vívida descrição bíblica já esboçada, a passagem também retrata sem retoques a infeliz realidade dos tempos pós-modernos. Nunca ocorreu, em toda a história, uma época semelhante aos dias atuais, onde é nítida a ausência de valores, a saber, de sentimento, decoro (decência,honra), vergonha, moral, caráter, respeito e temor de Deus. Tais atributos constituem os verdadeiros alicerces para a vida individual e em sociedade. Contudo, o que se vê é o menosprezo a quem ainda se apega a esses princípios de vida e conduta estabelecidos por Deus, tidos pelos opositores da fé em Cristo como retrógados (que se opõe ao progresso), sem conteúdo ou sentido algum para a presente geração.
I. CARACTERISTICAS DOS TEMPOS PÓS-MODERNOS
Sabemos que a humanidade experimentou diferentes momentos ao longo de sua história, com características bastante específicas que contribuíram para distinguir de forma clara uma época da outra.
A Era Moderna, por exemplo, teve como marca o avanço do conhecimento humano, o advento da industrialização, a predominância da luta ideológica, a expansão da fé cristã ao redor do mundo, a proliferação das seitas e a aceitação das religiões orientais pelo ocidente.
Já os tempos pós-modernos, nos quais estamos vivendo, são assinalados pelo progresso, mas, sobretudo pelos conflitos e contradições oriundas da Era Moderna, e possuem, por isso mesmo, características bastante peculiares. Pelo Espirito, Paulo, o homem de Deus, viu esses males da presente era dos “últimos dias” (v.1), que precedem a volta do Senhor, e previne os fiéis. Em todas essas épocas, e muito mais na atual, o homem vive a se gabar do seu grande conhecimento e de seus feitos tecnológicos. Todavia, ele continua a regredir na verdadeira sabedoria, na retidão e moralidade, em virtude de uma vida sem Deus e de progressiva prática do pecado. Ver Rm 3.9-18; Ef 4.17-31.
1. Uma sociedade centrada no homem. Em primeiro lugar, a sociedade pós-moderna tem como base a célebre declaração de que “o homem é a medida de todas as coisas”. Isto pressupõe a predominância da filosofia humanista que o coloca como o centro do Universo em flagrante contraste com o ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus (Sl 73.25; 1Co 10.31; 1 Pe 4.11).
A expressão que melhor se adapta a esse perfil, na leitura bíblica em classe é “amantes de si mesmos” (v.2). Tais homens consideram-se pequenos deuses capazes de impor a própria vontade como se esta fosse completa e suficiente para as realizações humanas. À semelhança de Satanás (Is 14.12-15), usurpam para si o direito de soberania que pertence exclusivamente ao Todo-poderoso.
2. Uma sociedade centrada no relativismo. Em segundo lugar, prevalece na sociedade pós-mederna o relativismo. Sob essa ótica, não há lugar para os valores absolutos, isto é, os princípios e ensinos imutáveis da palavra de Deus, válidos para “todas as pessoas, em qualquer época e em todos os lugares”. Estes são qualificados como impróprios por aqueles que vivem ao sabor de suas concupiscências e são prisioneiros do contexto e das convenções sociais do momento, pois “tolhem” (embaraçam) a liberdade de tais pessoas (Rm 1.18-32).
Não havendo, segundo a visão humanista pós-moderna, um padrão normativo universal, abre-se um precedente para a desordem moral e social tão em voga no mundo contemporâneo. Cada um faz o que melhor lhe parece, ao fixar suas próprias normas de conduta.
Afinal, como apregoam os que vivem na zona cinzenta, onde o certo e o errado se confundem, onde tudo é relativo (Gn 19.1-11; Jz 2.11; 3.7; 4.1; 10.6), não há nenhuma lei superior que lhes diga o que fazer. O que lhes importa é priorizar o hedonismo (doutrina filosófica que faz do prazer o fim da vida). O prazer e a alegria dos tais são ilusórios e pecaminosos, porquanto não provêm de Deus (v.4).
II. O DESAFIO DAS COSMOVISÕES DA HUMANIDADE
O quadro caótico tão bem descrito pelo apóstolo Paulo na leitura bíblica em classe retrata o comportamento da sociedade nos últimos dias. É o resultado da forma como as pessoas vêem o mundo. A isso chamamos de cosmovisão. Em linhas gerais, a cosmovisão de cada individuo se constrói a partir de sua herança cultural, religiosa e social. Se tal pessoa conhece a Deus, teme a Ele e vive para Ele, é tudo muito diferente. O legado recebido pelo homem desde a sua infância influencia o modo como ele se relacionará com o mundo (Pv 22.6). Há duas grandes cosmovisões em conflito.
1. A cosmovisão naturalista. Esta primeira forma de o Ser humano considerar o universo é humanista, antibíblica e anticristã. Ela exclui Deus como o criador de todas as coisas e acredita que o universo e o homem são produto do acaso. Seus são avessos ao conceito da soberania divina e tratam a existência da humanidade como decorrente da evolução das espécies, o que significa igualar a espécie humana a qualquer outra. Assim, a criação do homem para os tais não provém de Deus, mas de fenômenos aleatórios (que depende de acontecimentos futuros, incerto; contingente; casual). Isso é fruto da ignorância e do embrutecimento do homem como resultado do seu afastamento e abandono de Deus. É a lei da sementeira e colheita (Gl 6.7-9).
2. A cosmovisão judaico-cristã. Os pontos principais da cosmovição judaico-cristã procedem das Sagradas Escrituras: Deus é o Criador de todas as coisas (Gn 1.1), há um propósito soberano em toda a obra criada (Cl 1.13-17; Pv 16.14; Is 43.7; Rm 11.36) e leis morais com padrão de conduta para todo o ser humano (Êx 13.9; Mt 5, 6 e 7).
Por ser fruto da revelação bíblica, esta cosmovisão é questionada por aqueles que excluem Deus da história. “Se mundo existe independente de um Criador – afirmam – nenhuma reivindicação de planejamento e propósito para o Universo e o homem faz sentido”. Contudo, a cosmovisão judaico-cristã é a única que explica com lógica perfeita a criação de todas as coisas e retrata na exata perspectiva a existência humana (Jó 12.9, 10; At 17.24-26).
Por que, então, os homens preferem o tortuoso caminho da cosmovisão naturalista, ímpia, incrédula e herética para explicar o mundo? Porque o “deus deste século” cegou-0lhes a mente a fim de que não compreendam a verdade da revelação divina (2 Co 4.4). Não é de estranhar, portanto, que a humanidade esteja como está, na podridão moral, pois são pessoas com essa visão do mundo (a cosmovisão naturalista) que ocupam lugares estratégicos na formulação do pensamento norteador da vida em sociedade (1 Jo 5.19).
III. O DESAFIO DO MULTICULTURALISMO
1. A essência do multiculturalismo. Um outro desafio para o autêntico cristão da atualidade é o do multiculturalismo, que é, em modelos culturais diversos entre os povos em virtude do fenômeno mundial da globalização.
Saiba-se que por trás do multiculturalismo está camuflado o paganismo ímpio e hostil a Deus, a negação dos valores divinos e a teoria maldita e sutil da verdade relativa. O multiculturalismo deixa claro que não há nenhuma verdade universal. As verdades são particulares e relativas e cada povo tem a sua forma de acatá-las e expressá-las, contradizendo, assim, abertamente a verdade de Deus (Rm 1.24,25).
2. A fé cristã e o multiculturalismo. Surge, então, a grande pergunta: como espressar a fé bíblica e cristã em meio ao generalizado multiculturalismo pós-moderno? Embora o quadro que acabamos de pintar mostre uma realidade repulsiva e reprovável, Deus nos chamou para viver a fé cristã nesta época da história. Precisamos discernir em cada cultura aquilo que é “bíblico, extrabíblico e antibíblico”, e equiparmo-nos com os necessários e devidos meios e instrumentos para a proclamação da verdade divina soba unção do Espírito Santo que nos capacita para isso.
CONCLUSÃO
Que o crente não se contamine no seu múltiplo convívio entre os seus semelhantes, nem venha a negar a eficácia de nossa santíssima fé ( v.5; Jd 20).
Fonte: Revista da Escola Dominical (E agora como viveremos?)
Pr Jair Cardoso
Prodígios
INTRODUÇÃO
O texto bíblico da lição desta semana (2 Tm 3.1-5) trata do modo de preceder de pessoas da igreja que, sob o aparente compromisso com a fé (v.5), fazem dela instrumento para acobertar seus pecados, usos e práticas reprováveis diante de Deus, na sua conduta pessoal, no seu testemunho, no procedimento doméstico, no trato com o próximo e na sua religião simulada, como se fosse a verdadeira (Tg 1.21-27). Os tais negam a eficácia da piedade, isto é, da santidade de vida. Tudo isto, por si só, demonstra os perigos e a gravidade da época presente. O fato predito no v.5 só pode ocorrer dentro da Igreja.
Pela vívida descrição bíblica já esboçada, a passagem também retrata sem retoques a infeliz realidade dos tempos pós-modernos. Nunca ocorreu, em toda a história, uma época semelhante aos dias atuais, onde é nítida a ausência de valores, a saber, de sentimento, decoro (decência,honra), vergonha, moral, caráter, respeito e temor de Deus. Tais atributos constituem os verdadeiros alicerces para a vida individual e em sociedade. Contudo, o que se vê é o menosprezo a quem ainda se apega a esses princípios de vida e conduta estabelecidos por Deus, tidos pelos opositores da fé em Cristo como retrógados (que se opõe ao progresso), sem conteúdo ou sentido algum para a presente geração.
I. CARACTERISTICAS DOS TEMPOS PÓS-MODERNOS
Sabemos que a humanidade experimentou diferentes momentos ao longo de sua história, com características bastante específicas que contribuíram para distinguir de forma clara uma época da outra.
A Era Moderna, por exemplo, teve como marca o avanço do conhecimento humano, o advento da industrialização, a predominância da luta ideológica, a expansão da fé cristã ao redor do mundo, a proliferação das seitas e a aceitação das religiões orientais pelo ocidente.
Já os tempos pós-modernos, nos quais estamos vivendo, são assinalados pelo progresso, mas, sobretudo pelos conflitos e contradições oriundas da Era Moderna, e possuem, por isso mesmo, características bastante peculiares. Pelo Espirito, Paulo, o homem de Deus, viu esses males da presente era dos “últimos dias” (v.1), que precedem a volta do Senhor, e previne os fiéis. Em todas essas épocas, e muito mais na atual, o homem vive a se gabar do seu grande conhecimento e de seus feitos tecnológicos. Todavia, ele continua a regredir na verdadeira sabedoria, na retidão e moralidade, em virtude de uma vida sem Deus e de progressiva prática do pecado. Ver Rm 3.9-18; Ef 4.17-31.
1. Uma sociedade centrada no homem. Em primeiro lugar, a sociedade pós-moderna tem como base a célebre declaração de que “o homem é a medida de todas as coisas”. Isto pressupõe a predominância da filosofia humanista que o coloca como o centro do Universo em flagrante contraste com o ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus (Sl 73.25; 1Co 10.31; 1 Pe 4.11).
A expressão que melhor se adapta a esse perfil, na leitura bíblica em classe é “amantes de si mesmos” (v.2). Tais homens consideram-se pequenos deuses capazes de impor a própria vontade como se esta fosse completa e suficiente para as realizações humanas. À semelhança de Satanás (Is 14.12-15), usurpam para si o direito de soberania que pertence exclusivamente ao Todo-poderoso.
2. Uma sociedade centrada no relativismo. Em segundo lugar, prevalece na sociedade pós-mederna o relativismo. Sob essa ótica, não há lugar para os valores absolutos, isto é, os princípios e ensinos imutáveis da palavra de Deus, válidos para “todas as pessoas, em qualquer época e em todos os lugares”. Estes são qualificados como impróprios por aqueles que vivem ao sabor de suas concupiscências e são prisioneiros do contexto e das convenções sociais do momento, pois “tolhem” (embaraçam) a liberdade de tais pessoas (Rm 1.18-32).
Não havendo, segundo a visão humanista pós-moderna, um padrão normativo universal, abre-se um precedente para a desordem moral e social tão em voga no mundo contemporâneo. Cada um faz o que melhor lhe parece, ao fixar suas próprias normas de conduta.
Afinal, como apregoam os que vivem na zona cinzenta, onde o certo e o errado se confundem, onde tudo é relativo (Gn 19.1-11; Jz 2.11; 3.7; 4.1; 10.6), não há nenhuma lei superior que lhes diga o que fazer. O que lhes importa é priorizar o hedonismo (doutrina filosófica que faz do prazer o fim da vida). O prazer e a alegria dos tais são ilusórios e pecaminosos, porquanto não provêm de Deus (v.4).
II. O DESAFIO DAS COSMOVISÕES DA HUMANIDADE
O quadro caótico tão bem descrito pelo apóstolo Paulo na leitura bíblica em classe retrata o comportamento da sociedade nos últimos dias. É o resultado da forma como as pessoas vêem o mundo. A isso chamamos de cosmovisão. Em linhas gerais, a cosmovisão de cada individuo se constrói a partir de sua herança cultural, religiosa e social. Se tal pessoa conhece a Deus, teme a Ele e vive para Ele, é tudo muito diferente. O legado recebido pelo homem desde a sua infância influencia o modo como ele se relacionará com o mundo (Pv 22.6). Há duas grandes cosmovisões em conflito.
1. A cosmovisão naturalista. Esta primeira forma de o Ser humano considerar o universo é humanista, antibíblica e anticristã. Ela exclui Deus como o criador de todas as coisas e acredita que o universo e o homem são produto do acaso. Seus são avessos ao conceito da soberania divina e tratam a existência da humanidade como decorrente da evolução das espécies, o que significa igualar a espécie humana a qualquer outra. Assim, a criação do homem para os tais não provém de Deus, mas de fenômenos aleatórios (que depende de acontecimentos futuros, incerto; contingente; casual). Isso é fruto da ignorância e do embrutecimento do homem como resultado do seu afastamento e abandono de Deus. É a lei da sementeira e colheita (Gl 6.7-9).
2. A cosmovisão judaico-cristã. Os pontos principais da cosmovição judaico-cristã procedem das Sagradas Escrituras: Deus é o Criador de todas as coisas (Gn 1.1), há um propósito soberano em toda a obra criada (Cl 1.13-17; Pv 16.14; Is 43.7; Rm 11.36) e leis morais com padrão de conduta para todo o ser humano (Êx 13.9; Mt 5, 6 e 7).
Por ser fruto da revelação bíblica, esta cosmovisão é questionada por aqueles que excluem Deus da história. “Se mundo existe independente de um Criador – afirmam – nenhuma reivindicação de planejamento e propósito para o Universo e o homem faz sentido”. Contudo, a cosmovisão judaico-cristã é a única que explica com lógica perfeita a criação de todas as coisas e retrata na exata perspectiva a existência humana (Jó 12.9, 10; At 17.24-26).
Por que, então, os homens preferem o tortuoso caminho da cosmovisão naturalista, ímpia, incrédula e herética para explicar o mundo? Porque o “deus deste século” cegou-0lhes a mente a fim de que não compreendam a verdade da revelação divina (2 Co 4.4). Não é de estranhar, portanto, que a humanidade esteja como está, na podridão moral, pois são pessoas com essa visão do mundo (a cosmovisão naturalista) que ocupam lugares estratégicos na formulação do pensamento norteador da vida em sociedade (1 Jo 5.19).
III. O DESAFIO DO MULTICULTURALISMO
1. A essência do multiculturalismo. Um outro desafio para o autêntico cristão da atualidade é o do multiculturalismo, que é, em modelos culturais diversos entre os povos em virtude do fenômeno mundial da globalização.
Saiba-se que por trás do multiculturalismo está camuflado o paganismo ímpio e hostil a Deus, a negação dos valores divinos e a teoria maldita e sutil da verdade relativa. O multiculturalismo deixa claro que não há nenhuma verdade universal. As verdades são particulares e relativas e cada povo tem a sua forma de acatá-las e expressá-las, contradizendo, assim, abertamente a verdade de Deus (Rm 1.24,25).
2. A fé cristã e o multiculturalismo. Surge, então, a grande pergunta: como espressar a fé bíblica e cristã em meio ao generalizado multiculturalismo pós-moderno? Embora o quadro que acabamos de pintar mostre uma realidade repulsiva e reprovável, Deus nos chamou para viver a fé cristã nesta época da história. Precisamos discernir em cada cultura aquilo que é “bíblico, extrabíblico e antibíblico”, e equiparmo-nos com os necessários e devidos meios e instrumentos para a proclamação da verdade divina soba unção do Espírito Santo que nos capacita para isso.
CONCLUSÃO
Que o crente não se contamine no seu múltiplo convívio entre os seus semelhantes, nem venha a negar a eficácia de nossa santíssima fé ( v.5; Jd 20).
Fonte: Revista da Escola Dominical (E agora como viveremos?)
Pr Jair Cardoso
Prodígios
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